Eu e o Bhuda

A gente é assim... bem diferente. De todos os casais que a gente conhece. E diferentes um do outro.
A gente se combina em coisas absurdas. E discorda em coisas mais absurdas ainda.
A gente já brigou feio. Feio, mesmo. De mãe e sogra terem que entrar no meio. Não lembro quantas vezes, mas....

A gente ainda tem muuuuuuitas coisitas pra resolver. Muitas. Mas a gente vai resolvendo assim, devagar, uma coisa hoje, outra amanhã. Quarta não que é dia de filme. Mas quinta a gente resolve.

Ele, que há 2 anos, de verde só comia alface, disse, um dia desses:
- Tá mó gostoso, esse negócio verdinho. Fiquei beliscando da panela.
Fora o pimentão, que ele morria. A rúcula. Etc etc etc.

Ontem, eu queria sorvete de amora. Sim. Amora. E o único lugar que tem e a gente conhece (e é bom....) é no Fredíssimo.
Ele foi comprar pão numa padaria longe e falou que era porque o pão era mais fresco. Eu acreditei.
Depois da janta, adivinha o que ele tira do freezer? Meu sorvete de amora. E de flocos. E de chocomellow. E ele nem gosta de nenhum desses.

Eu não sei o que seria de mim sem ele.
Porque ele me deu as duas coisas mais lindas do mundo. Duas coisas, que, sem ele, não estariam aqui.
Porque ele me apoiou quando eu precisei de apoio. Me freiou quando eu precisei de freio. Me deu colo quando eu quis, quando eu precisei e quando eu nem merecia.
Porque ele me agüentou quando eu estava chata, implicante e irritada. Porque ele acha graça quando eu fico irritada.

Por essas e outras coisas que eu vou com ele aonde quer que ele vá. Hoje, amanhã, sempre. Palpitando, enchendo o saco, reclamando, mas vou. E nem adianta tentar me deixar por aqui. Huhuhuhuhuhuhu