Desde novinha (novinha, mesmo. Tipo uns...... 11 anos) eu tinha o meu ideal de família, que era o que eu queria.
Eu ia fazer faculdade, ser uma veterinária rica (hehehehehehehehe). Ia usar roupa branca, salto alto, brinco, batom, rímel e cabelo preso. Ia ter uma clínica bonitinha.
Ia morar num sobrado, de 3 quartos, com as paredes rosa bebê (breeeeega) e um vasinho de flores na janela do quarto. Ia ter um Tempra (meu sonho de carro, na época).
Ia freqüentar a academia 3 vezes por semana, fazer mestrado e doutorado, ainda ser voluntária em alguma coisa qualquer.
Aí ia conhecer um cara lindão. E ia engravidar.
Mas a gente ia morar em casas separadas.
Ia ter um menino, João Vinícius (sim, esse nome é velho).
E ia continuar trabalhando. Ia levar o João pra clínica com uma babá.
Três anos depois, ia engravidar de novo. Só que, agora, uma menina.
Ia se chamar Ana Paula (mas ficou sem nome logo depois que apareceu a Ana Paula Arósio, porque todo mundo achou que eu tinha escolhido por causa dela). Ela ia ter cabelos cacheados e olhos escuros.
Ela iria comigo e com o João, também pra clínica.
Só que o João já teria começado a ir pra uma escolinha.
Eu ia trabalhar. Depois iria pra casa e ficaria todo o tempo brincando com eles. Não ia ter que fazer comida, nem dar banho, nem nada. Só ia brincar. No quintal do fundo, com grama.
E, quando a ex-Ana-Paula-sem-nome tivesse uns 15 anos, teria outro menino: Guilherme ou Felipe.
O Gilherme-ou-Felipe ia ser gay. Eu já tinha decidido isso, porque os gays são mais carinhosos (na minha concepção da época, eu achava isso) e porque eu sempre detestei essas piadas preconceituosas. Ia mostrar que o Guilherme-ou-Felipe era mais maravilhoso que qualquer outro moleque preconceituoso e babaca que quisesse se comparar ou fazer piada de mau gosto.
Engraçado que nunca pensei em nada sobre parto, casamento.
Pra mim, a vida era assim, simples.
E eu ia continuar sempre jovem, magra (huhuhuhu, nos meus sonhos, eu era), linda (eu também era lindona, tá), de salto alto, brinco, rímel e batom.
O mais engraçado é que nunca imaginei nada depois do Guilherme-ou-Felipe nascer. Hehehehhehehe.....
Acho que eu já sabia que esse era o propósito da minha vida. E o que acontecesse depois, aconteceria. Simples.
2 comentários:
moreco... confesso que nunca tive um ideal... mas o que eu esperava qdo tinha meus 15 anos é beeeem diferente de nossa vida....
confesso para vc que não poderia ser melhor do que é hoje.. naum troco nada, nenhum pontinho da nossa vida por outra coisa...
obrigado por tudo...
obrigado por ser vc e gostar de mim do meu jeito...
Oi Thá!
Eu lembro da parte dos filhos, achava o maior barato! O Bhuda contava todo feliz, dos filhos!!!
Adoro vocês!
Beijos!
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