5 de mai. de 2005

Sobre o nascimento do João e da Melissa

O que eu posso dizer?
O nascimento da Melissa foi extremamente importante na minha vida, por dois motivos: eu ganhava uma bonequinha linda e estava com a vida transformada.
A vida se transforma depois do nascimento de um filho, sim. Mas a minha se transformou porque eu comecei a ver as coisas com um outro olho.
Sempre fui bem geração Coca-Cola, nada natureba. Mas aí fui começando a descobrir que nem tudo que é de última geração é legal.
Putz, consulta de 15 minutos com um médico que vai ser o homem que vai trazer seu filho ao mundo exterior? Ou com a pessoa que vai te ajudar a cuidar da saúde do seu filho? Muito pouco. Se a gente liga por algum motivo, o médico nem sabe quem é você e fala o básico: Tylenol. Pra tudo.
Tylenol, antibiótico, antiinflamatório... E, na maioria das vezes, as coisinhas são curadas com uma simples homeopatia. O remédio é muito mais gostoso, as crianças adoram. O difícil é arrumar um homeopata bom, perto de casa.
Isso tudo fora a comida, que eu tive que dar uma melhorada quando a bichinha começou a comer.
E eu, que era doida pra fazer 500 cirurgias plásticas, fiquei com medo. Enfrentar anestesia, bisturi, antibiótico, de novo? Não sei, não....
E a luz final chegou quando o João nasceu, do jeito mais natural possível. Assim como as mulheres pariam antigamente, num momento cheio de magia, amor. Num lugar gostoso, conhecido, aconchegante. Com pessoas amadas, queridas, conhecidas. Com a Melissa.
Não tive nenhuma intervenção. Nenhuma. Nenhum corte, nem bolsa d´água estourada, nem anestesia, nada. Doeu. Bastante. Mas foi muito bom. Não existe dor melhor!
Sinto muito pelas mulheres que preferem "não sentir dor" na hora do nascimento de um filho. Existe coisa mais bonita do que um momento como o parto??? Mãe e filho trabalhando juntos pra um único fim, sem a interferência de ninguém. A gente sente o bebê, o nosso corpo. A gente sabe o que fazer, exatamente, e quando fazer. E, quando a gente acha que não dá mais, ele nasce. Lindo.
A dor pós-cesárea é diferente. Você já tem um bebê pra cuidar. E é uma dor que veio de um corte. E demora pra passar. Não dá nem pra levantar pra trocar a fralda do bebê de madrugada. É fruto do nascimento de um filho, sim. Mas de uma cirurgia, também. Você não pode fazer nada. É tomar um analgésico e esperar passar.
Hoje, eu realmente sou diferente. Morria de medo de dor. Qualquer dor. Hoje, sei que as dores não são de todo ruins...
Mas encarar outra anestesia.... Só se estiver muito feia, a coisa..........
E, no nascimento do João eu aprendi outra coisa, muito legal. Eu aprendi que eu posso gritar. E muito. E que isso faz bem. Agora agüentem, que a Thais quietinha, que ficava quieta pra não causar confusão foi embora.....

3 comentários:

Anônimo disse...

Thá você é surpreendente!

Parabéns por isso também!!!

Anônimo disse...

Pior que eu ainda sou o tipo que fica queita pra não arrumar confusão. Muito legal sua força e sua transformação Thá. Muito bom acompanhar esse processo seu. Bjs,

Anônimo disse...

Pois então que seja muitíssimo bem vinda essa nova Thaís... tenho a impressão que ela ainda vai dar muito o que falar!!