31 de mai. de 2005

Colégio com a Dna. Meire

Quando terminei o ginásio, fiz o primeiro ano no Progresso. Mas aí, uma amiga minha ia precisar mudar pra um colégio público. Eu gosto muuuuito dela, até hoje. Ela ficou muito triste.
Então, eu fui fazer junto com ela. Me inscrevi pra conseguir vaga e estávamos felizes.
Mas aí, ela conseguiu voltar pro Progresso. Eu não queria mais voltar pra lá. Muito menos ficar no público sozinha.
Aí, minha heroína resolveu: Eu faço com você. Vamos fazer supletivo?
Ela tinha feito o primeiro colegial num supletivo perto da loja e resolvemos que íamos continuar lá.
Alguém já imaginou fazer colégio com a mãe? Hehehhe. Eu fiz.
Era muito legal. A turma era pequena - umas 15 pessoas. A gente estudava de noite, então só dava adulto, mesmo. Tinha um pai que ia com o filho, também. Hehhehe.

Enfim, o primeiro dia foi um sarro.
A gente chegou atrasada (sim, logo no primeiro dia) e a minha mãe entrou numa sala. Sentou e viu que era a turma com que ela tinha feito o primeiro.
Começaram a perguntar como ela tinha passado direto pro terceiro. Hahahahahaha...
Enfim, levantamos, pegamos nossas coisas e fomos procurar a sala do segundo colegial.
Achamos, entramos, sentamos, sem conseguir parar de rir.
Claro que o professor perguntou o que era. Minha mãe, boca aberta, resolveu contar.
A classe inteira caiu na gargalhada.

Eu era a queridinha dos professores, né. CDF que só. Sentava na primeira carteira, sabia responder tudo (Supletivo é muuuuuito mais fácil. Muito muito muito).
Só na hora da prova que eu ia pro fundo. E passava cola pra classe inteira! Era incrível. Eu passava pra minha mãe. Aí, enquanto ela copiava em um papel pra passar pra outras pessoas, eu fazia outra cola pra passar pra outra parte da sala. E assim era: cada um que recebia a cola, fazia outra. Hehehhe, no final, tinha mais cola que prova.
Resultado: todo mundo passou de ano, sem recuperação. Segundo o diretor, a única sala! Hahahahaha...

Aí, no terceiro colegial (semestre seguinte), saiu o professor Américo (que eu adorava. Era o único que dava aula de verdade, sem ser chato). Ele dava aula de Inglês e Português, pra entrar duas babacas. A de Inglês era uma peste. Achava que aquilo era colégio normal, de manhã, onde todo mundo tem tempo de estudar o dia todo (eu tinha, mas o resto não). Na primeira prova dela, ela deu 20 verbos irregulares e mandou todo mundo traduzir pro Inglês.
Eu sabia todos, mas ninguém mais sabia. E eu não podia passar cola porque ela tinha me segurado na mesa dela. Hehhe.
Nessa prova, só eu tirei 10. Minha mãe tirou 9,5 porque ela é coladora profissional e conseguiu colar de um papel que ela tinha levado. O resto ficou entre 0 e 3.
Minha mãe foi reclamar na diretoria e a professora teve que ficar passando trabalho o resto do semestre. Hhehehe.. Daqueles de primário, tipo "Red - vermelho". Hahahha

E a de português? Jesus, com ela eu briguei. Ela ensinava tudo errado. Ela falava que "a pé" tinha crase. Ai, como me irritou. Eu falando "não, porque pé é masculino" e ela "tem.". Que ódio! E, na prova, a besta colocou o "a pé" pra crasear. Adivinha? Ninguém da sala colocou crase.
Fora que ela falou que a prova poderia ser feita a lápis e, depois, zerou todo mundo que entregou a lápis.
Aí eu é que fui tirar satisfação. Que babaca. Com ela.
Aí ela deu outra prova.

Mas era legal. O resto dos professores eram todos muito legais.
E a minha mãe era uma comédia.

2 comentários:

bhuda disse...

eu não me imagino fazendo aulas com a minha mãe do lado... ehehehe, mas que deve ter sido comédia isso sim...

Anônimo disse...

Minha mãe é professora. Eu fiquei na classe dela na primeira série pq a outra gritava horrores e eu, toda meiguinha na época, chorava de medo. Que bocó! rsrsrs bjs